Boooom dia, Vietnam!!!!
Agora que vocês macacos já gritaram e carregaram seus cartazes, já fizeram suas fotos sorridentes e apareceram na Globo, vamos falar das manifestações deste domingo dia 15.
Nada é mais justo e mais democrático que manifestar publicamente a insatisfação com o governo, gritar por melhorias e pelo fim da corrupção, sobretudo porque sim, Dilma Rousseff promoveu recentemente o arrocho aos trabalhadores que negou em sua campanha eleitoral, assim como o aumento das contas de energia e uma série de outras medidas que comprometem, num efeito cascata, a qualidade de vida da população e sim, o toda a estrutura política do país se encontra corrompida. O problema é boa parte - talvez a maioria - dos manifestantes vestidos de verde e amarelo pregam que apenas o atual governo é corrupto, que Aécio Neves e seus coligados são a salvação imaculada da nação. É difícil se juntar a tais manifestações que pedem a instauração de uma nova ditadura militar e, principalmente porque, aparentemente, jamais se importou com os direitos de quem sempre - SEMPRE - foi oprimido pela exclusão social inerente a uma economia capitalista e uma corrupção institucionalizada em todos os setores da sociedade.
É muito difícil considerar justa e certa a insatisfação de muitos que, caso o governo do PSDB ou mesmo uma ditadura militar continuasse uma administração pública desastrosa e que afetasse a parcela da sociedade que sempre afetou, jamais iria expressar indignação ou dar alguma importância. A insatisfação é verdadeira para muitos, e o povo deve sempre se insurgir contra um governo que se mostra seu oponente em vez de seu defensor. Mas quando os gritos de indignação não parecem questionar por que ainda existem favelas, por que ainda existem tantos miseráveis, por que o racismo ainda permeia as relações dentro da sociedade, por que existe uma Bancada Evangélica pressionando o governo e sustentando seus preconceitos fundados em convicção religiosa, por que não há uma reforma tributária justa se percebe um desafino na melodia. Isso sem mencionar o perigo dos valores morais defendidos pelos mesmos macacos abraçados em bandeiras nacionais, com sua homofobia e seu machismo declarados, seu racismo velado mas nem tanto, sua admiração por uma polícia que mata um pobre com a mesma facilidade que ignora falcatruas de juízes e advogados. Para estar lado a lado com estes, unindo minha voz às suas, prefiro deixá-los gritar sozinhos por um país justo onde os pobres sejam pobres, onde seus parentes e amigos - e apenas eles - possam ser corruptos, onde os negros sejam sempre seus subalternos, suas mulheres sejam as mães frígidas de seus filhos, todos guardados por deus, porque o mundo é escamoso, vai por mim.
P.S. - Azar de vocês, macacos, traídos pelo PT, prensados contra o PSDB e burros demais para mudar isso.
domingo, 15 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
Booooooom dia, Vietnam!!!!
Eu não vou defender Dilma Rousseff, nem o PT, ambos bem aparelhados juridicamente e que não me pagam 1 centavo para tal. Na verdade, acho bastante sensato uma oposição ao governo, visto que o mesmo tem perdido as rédeas da economia, vem sendo negligente com os interesses do povo e das causas ambientais e indígenas e, a exemplo de todos os outros governos anteriores, tem dado todas as provas de sua corrupção. Isso, macacos, não significa que eu apoie a deposição da presidente e o empoderamento de Aécio Neves, menos ainda, óbvio, a instauração de um regime militar. Mas considerem que a 'direita' - entre aspas, porque o PT há muito deixou de representar os ideais da 'esquerda', tornando-se apenas mais um partido a exercer o poder em conivência com os detentores do poder monetário num sistema chamado Estado e onde não há esquerda e direita e sim que fatura e quem não - houvesse se mantido no poder esta década passada e o país se encontrasse hoje neste mesmíssimo e exato estado, em idêntico clima de recessão, eu me pergunto se haveriam panelaços, se não haviam os que defenderiam cada medida econômica como atos meramente necessário à manutenção da estabilidade financeira do país. Forçando mais um pouco a balança, imagine que tais medidas econômicas, para além da já conhecida corrupção, causasse a depreciação da qualidade de vida das camadas menos abastadas da população, a classe média tomaria para si as dores e se mobilizaria com o mesmo ódio e a mesma determinação contra o governo como hoje se vê? Vocês, macacos, conseguem ver a classe média indignada com o sucateamento da saúde e educação públicas? Com a exploração dos trabalhadores, com o baixo salário mínimo, com a maneira escravagista que se conduz o trabalho doméstico?
Enquanto o governo não funcionar, não houver um compromisso para com o bem estar do povo - e inclua-se ai a cooperação do poder privado, encarnação do demônio da ganância - façam-se manifestações e que se cobre soluções para as dificuldades da população. Façam-se toda sorte de protestos e reivindicações legítimas, que sejam acuados os responsáveis, mas conheça seu inimigo. Perceba quem defende os que sempre foram oprimidos e privados de dignidade, quem de fato é contra a corrupção que sempre degenerou a classe política e empresarial, quem tem uma noção de justiça social que vá além de seus próprios interesses. Entre os que gritam junto a vocês por melhorias, macacos, estão muitos que querem lhe por o jugo, porque o mundo é escamoso, vai por mim.
Eu não vou defender Dilma Rousseff, nem o PT, ambos bem aparelhados juridicamente e que não me pagam 1 centavo para tal. Na verdade, acho bastante sensato uma oposição ao governo, visto que o mesmo tem perdido as rédeas da economia, vem sendo negligente com os interesses do povo e das causas ambientais e indígenas e, a exemplo de todos os outros governos anteriores, tem dado todas as provas de sua corrupção. Isso, macacos, não significa que eu apoie a deposição da presidente e o empoderamento de Aécio Neves, menos ainda, óbvio, a instauração de um regime militar. Mas considerem que a 'direita' - entre aspas, porque o PT há muito deixou de representar os ideais da 'esquerda', tornando-se apenas mais um partido a exercer o poder em conivência com os detentores do poder monetário num sistema chamado Estado e onde não há esquerda e direita e sim que fatura e quem não - houvesse se mantido no poder esta década passada e o país se encontrasse hoje neste mesmíssimo e exato estado, em idêntico clima de recessão, eu me pergunto se haveriam panelaços, se não haviam os que defenderiam cada medida econômica como atos meramente necessário à manutenção da estabilidade financeira do país. Forçando mais um pouco a balança, imagine que tais medidas econômicas, para além da já conhecida corrupção, causasse a depreciação da qualidade de vida das camadas menos abastadas da população, a classe média tomaria para si as dores e se mobilizaria com o mesmo ódio e a mesma determinação contra o governo como hoje se vê? Vocês, macacos, conseguem ver a classe média indignada com o sucateamento da saúde e educação públicas? Com a exploração dos trabalhadores, com o baixo salário mínimo, com a maneira escravagista que se conduz o trabalho doméstico?
Enquanto o governo não funcionar, não houver um compromisso para com o bem estar do povo - e inclua-se ai a cooperação do poder privado, encarnação do demônio da ganância - façam-se manifestações e que se cobre soluções para as dificuldades da população. Façam-se toda sorte de protestos e reivindicações legítimas, que sejam acuados os responsáveis, mas conheça seu inimigo. Perceba quem defende os que sempre foram oprimidos e privados de dignidade, quem de fato é contra a corrupção que sempre degenerou a classe política e empresarial, quem tem uma noção de justiça social que vá além de seus próprios interesses. Entre os que gritam junto a vocês por melhorias, macacos, estão muitos que querem lhe por o jugo, porque o mundo é escamoso, vai por mim.
Boooom dia, Vietnam!!!!
Sobre a corrupção: os políticos desviam verbas, fazem acordos, apadrinham enriquecem absurdamente com o dinheiro público. os grandes empresários e investidores fazem acordos e manobras fiscais, sonegam, subornam. O cidadão pega propina ao policial, assim como o assaltante e o traficante. Este último muitas vezes se associa a algum deputado ou vereador, a um delegado. O rico faz o que pode, pressiona políticos, tudo para pagar menos, para explorar o quanto puder seus funcionários. Carregando quase todo este peso, o trabalhador às vezes desvia energia elétrica, desvia água, enrola no expediente. No casamento, quase todos escondem seus relacionamentos extras, seus filhos com outras mulheres. Há ainda os que roubam seus empregadores, mesmo aqueles que resolveram lhes dar uma chance e uma ajuda. Pronto, macacos, podem falar de corrupção à vontade agora, porque o mundo é escamoso, vai por mim.
Sobre a corrupção: os políticos desviam verbas, fazem acordos, apadrinham enriquecem absurdamente com o dinheiro público. os grandes empresários e investidores fazem acordos e manobras fiscais, sonegam, subornam. O cidadão pega propina ao policial, assim como o assaltante e o traficante. Este último muitas vezes se associa a algum deputado ou vereador, a um delegado. O rico faz o que pode, pressiona políticos, tudo para pagar menos, para explorar o quanto puder seus funcionários. Carregando quase todo este peso, o trabalhador às vezes desvia energia elétrica, desvia água, enrola no expediente. No casamento, quase todos escondem seus relacionamentos extras, seus filhos com outras mulheres. Há ainda os que roubam seus empregadores, mesmo aqueles que resolveram lhes dar uma chance e uma ajuda. Pronto, macacos, podem falar de corrupção à vontade agora, porque o mundo é escamoso, vai por mim.
quinta-feira, 5 de março de 2015
Boooooooooooom dia, Vietnam!!!!
Imaginem, macaquinhos desprezíveis, os eventos a seguir: um rio corre através das terras. Um macaco mais astuto, observando a terra desabitada ali, constrói uma represa para que o volume de água para si seja maior. Com o lago formado ele melhora o cultivo das terras ao redor, criando uma terra de benesses. Logo alguns amigos e parentes seus se juntam a ele, constroem encanamentos para aproveitarem a água acumulada e todos ali vivem felizes em prosperidade. Enquanto isto, a jusante da represa, muitas famílias vêem o rio minguar diante de si. A escassez da água trás a penúria, a dificuldade de se obter recursos, de levar suas vidas. Chegam à eles os rumores de uma terra de felicidade e riqueza, e para lá vão rumando em busca de vida melhor. Ao chegarem nas terras da represa, claro que não são bem vindos de pronto. Não são parentes nem amigos daqueles que lá estão, vêm fatigados da caminhada, com a miséria estampada no rosto e nas vestes. Mas, com alguma conversa, é permitido a um e outro ficar por ali. Há sempre buracos a serem cavados para instalação dos encanamentos, tubos pesados e sujos a serem trocados por novos, uma casa a ser limpa, roupas e serem lavadas, vigiar os filhos dos donos da água, estes agora muito ocupados em vistoriar os encanamentos por onde a preciosa água circula, estudar maneiras de juntar mais água - quem sabe até ampliar a represa - e, claro, desfrutar da sua riqueza em festas e passeios. Os que não foram aceitos nas terras ricas da represa, estes tiveram que dar seu jeito de sobreviver. Uns passaram a mendigar, outros foram para longe, outros mudaram-se para as vizinhanças da represa em busca de sobras ou, vez por outra, entrando ali furtivamente e usurpando para si uma fração mínima de toda aquela riqueza. E assim viveram todos, uns felizes para sempre, outros nem tanto, e muitos pereceram e ainda perecem na esperança de um dia desfrutar da água.
Qualquer semelhança da estorinha acima com o capitalismo é mera verdade. Não desmerecendo as longas noites insones e horas de estudo, nem desmerecendo o esforço, mas nós sabemos que vocês, macacos, adoram ter. Ter, no sentido mais mesquinho do verbo. Vocês reclamam que as pessoas são julgadas pelo que têm, pelo que ostentam, mas sequer se dão conta de que o ser humano não está feliz com o que tem, e sim com o que tem a mais. Um macaco só vai estar feliz em ter um carro, uma casa, uma esposa e dois filhos se a maioria dos macacos andar a pé, tiver uma esposa desagradável, morar num casebre bem longe e seus filhos forem engraxates. Aí começa todo o malVocês macacos não querem o melhor para si, vocês querem melhor do que o dos outros, e jamais são felizes sem ver outro primata na pior. E ainda tem a desfaçatez de vir com falácias de educação, humildade, um mundo melhor...
Quer mudar o mundo, humano, comece mudando a si mesmo. Vamos ver se você consegue, mas eu duvido, porque o mundo é escamoso, vai por mim
P.S. Como se fossem poucos nossos problemas com um governo e um empresariado formando uma vasta e sólida estrutura de corrupção explorando e alienando o povo, temos também agora que lidar com o fundamentalismo religioso. Atentem para os Gladiadores da IURD
Imaginem, macaquinhos desprezíveis, os eventos a seguir: um rio corre através das terras. Um macaco mais astuto, observando a terra desabitada ali, constrói uma represa para que o volume de água para si seja maior. Com o lago formado ele melhora o cultivo das terras ao redor, criando uma terra de benesses. Logo alguns amigos e parentes seus se juntam a ele, constroem encanamentos para aproveitarem a água acumulada e todos ali vivem felizes em prosperidade. Enquanto isto, a jusante da represa, muitas famílias vêem o rio minguar diante de si. A escassez da água trás a penúria, a dificuldade de se obter recursos, de levar suas vidas. Chegam à eles os rumores de uma terra de felicidade e riqueza, e para lá vão rumando em busca de vida melhor. Ao chegarem nas terras da represa, claro que não são bem vindos de pronto. Não são parentes nem amigos daqueles que lá estão, vêm fatigados da caminhada, com a miséria estampada no rosto e nas vestes. Mas, com alguma conversa, é permitido a um e outro ficar por ali. Há sempre buracos a serem cavados para instalação dos encanamentos, tubos pesados e sujos a serem trocados por novos, uma casa a ser limpa, roupas e serem lavadas, vigiar os filhos dos donos da água, estes agora muito ocupados em vistoriar os encanamentos por onde a preciosa água circula, estudar maneiras de juntar mais água - quem sabe até ampliar a represa - e, claro, desfrutar da sua riqueza em festas e passeios. Os que não foram aceitos nas terras ricas da represa, estes tiveram que dar seu jeito de sobreviver. Uns passaram a mendigar, outros foram para longe, outros mudaram-se para as vizinhanças da represa em busca de sobras ou, vez por outra, entrando ali furtivamente e usurpando para si uma fração mínima de toda aquela riqueza. E assim viveram todos, uns felizes para sempre, outros nem tanto, e muitos pereceram e ainda perecem na esperança de um dia desfrutar da água.
Qualquer semelhança da estorinha acima com o capitalismo é mera verdade. Não desmerecendo as longas noites insones e horas de estudo, nem desmerecendo o esforço, mas nós sabemos que vocês, macacos, adoram ter. Ter, no sentido mais mesquinho do verbo. Vocês reclamam que as pessoas são julgadas pelo que têm, pelo que ostentam, mas sequer se dão conta de que o ser humano não está feliz com o que tem, e sim com o que tem a mais. Um macaco só vai estar feliz em ter um carro, uma casa, uma esposa e dois filhos se a maioria dos macacos andar a pé, tiver uma esposa desagradável, morar num casebre bem longe e seus filhos forem engraxates. Aí começa todo o malVocês macacos não querem o melhor para si, vocês querem melhor do que o dos outros, e jamais são felizes sem ver outro primata na pior. E ainda tem a desfaçatez de vir com falácias de educação, humildade, um mundo melhor...
Quer mudar o mundo, humano, comece mudando a si mesmo. Vamos ver se você consegue, mas eu duvido, porque o mundo é escamoso, vai por mim
P.S. Como se fossem poucos nossos problemas com um governo e um empresariado formando uma vasta e sólida estrutura de corrupção explorando e alienando o povo, temos também agora que lidar com o fundamentalismo religioso. Atentem para os Gladiadores da IURD
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